A prática de esportes e atividades físicas vêm ganhando cada vez mais adeptos em todo mundo. A busca por saúde e lazer ampliou a procura por diferentes atividades e modalidades e, por consequência, impulsionou a construção de novos espaços esportivos.
Os projetos de espaços esportivos requerem uma série de cuidados para atender às especificações de cada modalidade e o uso comum por um grande número de pessoas. Mas vai mais além: também pode e deve agregar elementos que proporcionem melhor convívio social, o conforto e a segurança de toda a edificação.
A arquitetura esportiva é a especialidade que dá ‘vida’ a este tipo de construção. É a responsável por aliar a técnica esportiva à arquitetura dos edifícios e instalações para proporcionar o local apropriado onde serão praticados os esportes.
Independente de o uso do local ser voltado para esportes de alto rendimento ou de recreação, os cuidados são os mesmos. O que muda é a flexibilidade do projeto e a diversidade de elementos e materiais que podem ou não serem utilizados. Por exemplo, uma quadra de voleibol tem medidas e itens iguais para que o esporte possa ser praticado, assim como uma piscina para prática do nado sincronizado que deve ter a profundidade necessária para as acrobacias.
Tipos de espaços esportivos
Um projeto específico de arquitetura esportiva se faz necessário para qualquer ocasião: de um grande estádio ou complexo até mesmo para uma quadra escolar ou ginásio municipal.
A lista de espaços esportivos contempla:
- Estádios
- Arenas multiuso ou de um único uso
- Clubes
- Academias
- Centros de Treinamento
- Centros Aquáticos
- Áreas de lazer para edifícios e escolas
- Campos e estruturas para futebol society
- Ginásios
- Quadras
- Projetos sociais esportivos
- Pistas de corridas
- Piscinas olímpicas, semi olímpicas, de salto, etc
- Instalações para campeonatos
Cuidados no projeto de áreas para esportes
Tudo começa com a definição de uso do local: para que esporte será utilizado, tipo de quantidade de público, áreas de convívio, etc. Ou seja, além da modalidade a que se destina, que precisa ser bastante estudada para poder obedecer às suas normas e dimensões específicas, para projetar um espaço esportivo é preciso se pensar ainda no acúmulo de pessoas, como dar conforto e segurança, além da hierarquia de públicos – os que praticam esporte e os que apenas assistem e usam o lugar.
Os materiais, que parecem ser de escolha simples, na verdade trazem bastante complexidade ao projeto. Deve-se levar em conta a especificação de pisos, para escolher um com propriedade correspondente ao esporte e que dê segurança e desempenho adequado durante a prática esportiva; os projetores e os postes que devem iluminar sem ofuscar; os materiais de revestimento da edificação precisam ser de fácil correção e limpeza e oferecer resistência ao uso e tráfego constante. Internamente, também, deve-se pensar na baixa manutenção do lugar, permitindo limpeza rápida e resistência de metais e louças sanitárias, revestimentos cerâmicos ou pintura.
A posição solar também deve ser considerada. Um condição básica nos projetos de equipamentos esportivos ao ar livre é seu posicionamento correto no terreno, respeitando a orientação Norte-Sul. A regra visa garantir condições iguais de jogo para as equipes adversárias. Isso porque, durante a primeira metade de jogo, uma das equipes recebe sol no rosto e a outra nas costas. Após o intervalo, há uma inversão de posições.
Em um projeto da Recta Quatro para futebol society, por exemplo, o material das redes de proteção também precisou de atenção, uma vez que a quadra fica próxima a uma praia, com vento constante e atmosfera agressiva. Outro ponto foi pensar na drenagem e conter as borrachas do piso de grama sintética. Já em um projeto para cancha de bocha, também da Recta Quatro, as preocupações foram a proteção lateral (onde podia ou não estar presente), o piso e o contrapiso corretos para o esporte e a inserção dessa nova edificação no conjunto de centro esportivo já existente, tornando a fachada algo uniforme, de amarração de todas as modalidades.
De forma geral, tudo deve ser pensado para ser durável, seguro, confortável e atender todas as especificações técnicas da modalidade, além de estar de acordo com os códigos de obras municipais aos quais estão inseridos. Essas respostas somente são encontradas após pesquisas e o trabalho de projeto e já devem contempladas pela arquitetura esportiva.
Áreas internas e de convívio
O local destinado aos espectadores e as áreas de convívio, como churrasqueiras e bares, também devem ser projetado a partir do tipo de uso que o espaço esportivo terá.
Se as competições demandarem público maior, as arquibancadas podem ser fixas, mas também podem ser móveis, com elementos retráteis que cumprem a função de assentos. Partindo das normas do código de obras e do Corpo de Bombeiros, são calculadas as divisões, circulações, dimensões dos degraus e a quantidade de saídas de emergência.
Para áreas de convívio, vale lançar mão de terraços para abrigar os espectadores dos jogos, dando uma visão privilegiada do alto e livre de fluxos, integrada a uma churrasqueira ou até numa ideia de cozinha gourmet para pequenas confraternizações após as partidas. Já num andar térreo, pode-se pensar em cozinha e área de bar, além de vestiários e mais equipamentos sanitários.
Para saber mais sobre a construção de espaços esportivos, siga as atualizações do blog da Recta Quatro. Se tiver alguma dúvida, deixe um comentário ou entre em contato.
