Na construção, revestimento ou decoração, as pedras naturais proporcionam aconchego, ao mesmo tempo que dão a sensação de estar mais próximo à natureza. Estes materiais, resistentes e de fácil manutenção, podem ser usados em fachadas, escadas, áreas externas e em pisos e paredes.
Por isso, utilizar pedras naturais na construção e ambientação da casa é uma ótima opção para quem quer deixar seu espaço elegante sem perder a simplicidade, além de poder fazer uma escolha sustentável, pois há marcas que oferecerem produtos para este fim, de qualidade e ecologicamente corretos.
Mas apesar da praticidade, as pedras naturais ainda geram dúvidas na hora de escolher qual é a ideal para cada ambiente. Para isso, é preciso saber do que são compostas e quais os atributos das pedras escolhidas. No artigo de hoje, vamos apresentar os tipos de pedras e seus usos mais adequados.
Como escolher a pedra adequada
Para não errar, os arquitetos precisam conhecer as características de cada material e levar em conta diversos fatores na hora de escolher o melhor tipo de pedra natural para o uso pretendido. A análise deve considerar o tipo de ambiente – interno ou externo, comercial ou residencial -, o tráfego de pessoas, os tipos de materiais que são manuseados no local e as características das rochas.
Neste aspecto, os materiais de composição de cada pedra diferenciam-se pelo tipo de solo em que foi constituída, pelos minerais de sua composição e ainda pelo processo geológico a que foi submetida. São essas variações que determinam como devem ser aplicadas, pois a utilização inadequada do material pode levá-lo ao desgaste precoce e a prejuízos econômicos.
Veja quais as pedras mais utilizadas em projetos e suas indicações:
- Pedra brita ou ‘britada’ – ideal para fazer concretos, fundações, estruturas, calçadas etc;
- Granito – é formado por três minerais: mica, feldspato e quartzo. Utilizado na execução de pias, bancadas, lavatórios, revestimentos de fachadas, lareiras, soleiras, rodapés e peitoris, é mais duro, resistente e menos poroso do que o mármore. Pode ter diferentes tipos de acabamento: polido (o mais usado), bruto, levigado, jateado, flameado e apicoado, e uma grande variedade de cores como acinzentados, esverdeados, marrons, pretos, amarelados e vermelhos;
- Mármores – indicado para pisos internos, escadas de baixo tráfego (residencial), soleiras e peitoris (sem exposição às intempéries), lavatórios, bordas de banheira, aparadores, mesas e paredes internas. Assim como o granito, o mármore também pode receber os acabamentos polido, bruto, levigado, jateado, flameado e apicoado. – alguns destes tornam o produto antiderrapante – além de uma gama de cores como crema marfil, marrom imperador, rosa Bahia, preto Nero, etc. Não se deve aplicá-lo na cozinha, no piso do boxe, bem como em áreas externas, já que possui alto grau de porosidade, ou seja, pode absorver substâncias com facilidade e manchar;
- Limestone – é uma rocha, composta em sua maioria por calcite mineral, que lembra o mármore. O material tem baixa resistência ao desgaste, riscos, manchas, e impacto de tráfego, porém não retém calor. Geralmente tem tonalidade branca, mas pode variar do bege alaranjado ao cinza escuro. É indicado para ambientes internos, exceto áreas úmidas de cozinhas, e externos de baixo tráfego. Uma das vantagens é que ele dispensa emendas, fornecendo um ótimo acabamento onde quer que seja utilizado;
- Basalto, Miracema, Goiás, São Tomé, Seixo Rolado, Mineira, Pirenópolis, Mosaico Português e Ardósia – usadas tanto em revestimentos de paredes, quanto em pisos. De maneira geral, são recomendadas para áreas externas. São Tomé e Goiás são perfeitas para áreas de piscina.
Saiba mais sobre as pedras naturais
Para diferenciar o que é natural do artificial, é necessário ter o conhecimento específico ou buscar orientação com profissionais que lidam com esses produtos. Isso porque, normalmente, os materiais artificiais imitam os desenhos dos naturais e, para essa finalidade, dispõem de técnicas bastante sofisticadas, mas que são facilmente reconhecíveis por especialistas da área. Entre as pedras industrializadas, podemos destacar o aglostone, empório stone, silestnone, technistone e nanoglass.
De forma, geral, as pedras naturais têm aspecto rústico e são um dos materiais mais adequados e utilizados em áreas externas. São naturalmente antiderrapantes por causa da superfície irregular, porém, dependendo da tonalidade, elas podem esquentar. Como são porosas, absorvem água e gordura, podendo manchar. A limpeza com água e detergente neutro deve ser frequente, com ajuda de esfregão. De tempos em tempos, é necessária uma limpeza mais profunda com ácido muriático, que deve ser feita com empresas especializadas. Os “lajões“, como são chamados a pedras vendidas em formatos irregulares e em grandes tamanhos, formam bonitos desenhos e podem ser assentados com contrapiso ou entremeados com a grama. Sua instalação requer uma boa mão de obra devido aos encaixes que devem ser pensado um a um, como um quebra-cabeça.
Pedra portuguesa
A pedra portuguesa (ou mosaico português) tem a vantagem de ser permeável, pois sua instalação não necessita de contrapiso, apenas de uma camada de areia. As pedras de pequena dimensão são adaptáveis às ondulações do terreno, também não sendo necessário o nivelamento do mesmo. Porém, a colocação é trabalhosa e requer mão de obra especializada.